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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Psicomotricidade

Turma, desculpa a ausência, mas os últimos dias tem sido de muita correria..... em breve novidades por aí!!! E por isso que estou me dividindo em mil!!!
Mas mesmo com coisas novas para acontecer, não posso deixar de lado estudar e me recliclar, aperfeiçoar, e de quebra encontrar amigos!!!!

Este final de semana foi a vez da Psicomotricidade. Participei do III Simposio da Psicomotricidade, organizado pela Pós-Graduação em Psicomotricidade da FMU.

Aliás, foi muito produtiva e divertida. Acompanhem pelo facebook do VIVA A PSICOMOTRICIDADE e vejam um resumo do que aconteceu!

E vale a dica de ótimos livros que adquiri no Simpósio, todos da autora e professora Fatima Gonçalves:

  • Do andar ao escrever: um caminho psicomotor 
  • Caderno de Escrita Infantil: progresão grafomotora para a aprendizagem da escrita
  • Matematizando: pratica psicomotora da educação matemática - teoria e prática: educação infantil e ensino fundamental

E pensando em #psicomotricidade, seguem 40 dicas de atividades psicomotoras que encontrei na net!!!!!

Boa atividade psicomotora a todos!!!

domingo, 20 de novembro de 2016

2ª Conferencia Nacional da Apraxia da Fala

Ontem foi dia de ir na Segunda Conferencia da Apraxia da fala na Infância, no Memorial da America Latina / SP, podendo conhecer um pouco mais sobre este diagnóstico e sobre as crianças e famílias, cercada por profissionais muito competentes, expondo seus conhecimentos, realizando trocas importantíssimas para que todos possamos ajudar nesta causa.


"Eu sei mais do que digo,
Eu penso mais do que falo,
Eu entendo mais do que você imagina !"







domingo, 6 de novembro de 2016

Desenvolvimento: o que vem antes de cada habilidade??



Taí uma tecla que bato com muita frequência: o desenvolvimento é hierárquico! Não dá para colocar a carroça na frente dos bois.
Já recebi crianças que o objetivo dos pais era melhorar a escrita. Ponto. E ao avaliar, percebo que a criança nem está sentando direito ainda: tem o corpo mole, deita a todo momento sobre a mesa, não consegue jogar bola e.... NÃO  COME SOZINHA!!!! Isso já com seus 6 ou 8 anos!

Papais e mamães..... comer sozinho não é só independência (que é muito importante sim), mas é o treino de habilidade motora. Aí ouço muito: "Mas se ele comer sozinho, não come, porque fica vendo a TV!"
Simples: desligar a TV.
Outro dia um pai quis me fuzilar com os olhos quando disse isso na avaliação. Falei para a criança, comer é na mesa, TV desligada... hora de comer é hora de comer! E a criança respondeu: mas meu pai também precisa desligar a TV! Claro!!!! Vamos dar o exemplo, não é?!

Sim, com o tempo poderemos retomar o telejornal, eu entendo que para muitos é o único momento de se manter informado.... mas também é um dos únicos momentos de reunir toda a família, conversar sobre o dia, e observar seus filhos!!!!

Então vamos lá: comer é na mesa, cadeira, talheres, sentado, ok?!
Mas o que isso tem a ver com a escrita?? Tudo!!! Já observaram que como seguramos o garfo é a mesma posição que seguramos o lápis? Que o movimento mão boca do alimento estimula rotação e fortalecimento de punho, essenciais para a escrita?!

E não, não vou treinar escrita, letra, coordenação, enquanto a criança tiver seu corpo perdido no espaço! Mais consciência corporal, por favor!

As escolas anteciparam a alfabetização e as crianças perderam 1 ano da exploração corporal, e por isso cada vez mais aparecem casos no consultório com dificuldades na escrita.

Esta semana encontrei um artigo de um site que acompanho de reabilitação que é muito bacana também!!!! Reab.me vale a pena vocês conferirem também!!!


sábado, 5 de novembro de 2016

Dislexia

E hoje o dia é para novos conhecimentos, reciclagem e aprendizagem..... #dislexia sem segredos!!!

O novo dicionário internacional de saúde mental (DSM V) retirou o termo dislexia para que outros termos mais precisos como disgrafia, dislalia e disfasia recebam preferência.
A dislexia pode coexistir ou mesmo confundir-se com características de vários outros fatores de dificuldade de aprendizagem, tais como o déficit de atenção/hiperatividade,dispraxia, discalculia, e/ou disgrafia. Contudo a dislexia e as desordens do déficit de atenção e hiperatividade não estão correlacionados com problemas de desenvolvimento.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Autismo na mídia

E o tema está em alta nos últimos tempos... o que acredito ser muito bom, pois o melhor remédio para o preconceito é a informação e o conhecimento.

Neste domingo o jornal Folha de SP publicou mais uma reportagem sobre o tema, agora abordando sobre o tratamento, tipos de terapias e que os pais devem "ouvir" a intuição, pois cada criança é única e muitas vezes, o que foi bom para seu vizinho, pode não funcionar com o seu filho!

Aproveitando, o Jornal da Band do dia 28/10/2016 também exibiu reportagem sobre o PACT (recentes estudos feitos no Reino Unido sobre este modelo de intervenção).


terça-feira, 1 de novembro de 2016

"Terapeuta faz terapia..."

Ao longo dos meus 10 anos de formada, não foram poucas as vezes que ouvi: "Mas por que vou trazer meu filho até aqui se você só vai brincar com ele?" - e lá ia eu explicar (novamente, pois a cada avaliação explico o que é terapia ocupacional e como é o meu trabalho com as crianças) que o desenvolvimento infantil se dá através do brincar.

E por estes dias, li esta reportagem do jornal Folha de SP a visão da família, diferenciando o papel do terapeuta e o papel da família, de forma simples, mas muito coerente.
Se desejar ler na íntegra, acesse o link, pois vale a pena!!!




'Terapeuta faz terapia, família brinca', diz mãe sobre filho com autismo
(...) Depoimento a
ELIANE TRINDADE
EDITORA DO PRÊMIO EMPREENDEDOR SOCIAL
PATRICIA PAMPLONA
ENVIADA ESPECIAL AO RECIFE (PE)


18/10/2016  02h00

Ao final da primeira infância de Rafael, hoje com 10 anos, o casal Ana Cláudia e Emerson Cavalcanti se confrontou com um diagnóstico de "autismo tardio" do filho, que até então tivera um desenvolvimento dentro do esperado."Rafa deixou de olhar, falar, começou a ter comportamentos diferentes, um isolamento profundo de uma forma que nos deixava bastante angustiados", conta a mãe.



Rafael é uma criança linda, o melhor presente. Ele brinca, corre, tem suas peculiaridades e necessidade de atenção. Exala amor. Vejo meu filho como uma pessoa com pleno potencial de viver.O autismo dele foi atípico, veio no fim da primeira infância. Ele começou a ter as características da deficiência, como ausência e dificuldade na comunicação, perdas na interação social e dificuldades sensoriais que traziam alguns comportamentos inadequados.Ele começou a se perder por volta dos dois anos. Deixou de olhar, falar, começou a ter comportamentos diferentes, um isolamento profundo de uma forma que nos deixava bastante angustiados.Não podíamos ir a uma festa porque ele se jogava no chão. Aquilo incomodava, deixava ele desorganizado. Era como se ele sentisse dor e não soubesse dizer. Era a sensação que nós tínhamos e não sabíamos como lidar.Conheci o Carlos [Pereira, criador do Livox] entre 2011 e 2012. Nessa época, o Rafa ainda estava no auge da falta de comunicação. Eu montava todo o material de comunicação alternativa, plastificava, colava com velcro em pastas.Era pouco prático. Para o autista, basta alguma coisa acontecer para ele sair correndo. É muito mais fácil em restaurante, parque ou outra atividade pegar um tablet do que abrir uma pasta. Não chamar tanta atenção.A tecnologia tem a praticidade, atrai. É mais fácil capturar as imagens do que ficar pesquisando.Utilizamos o Livox durante um tempo, como comunicação alternativa. Porém, hoje, é uma ferramenta de aprendizagem.É uma tecnologia assistiva, aplicada para aprendizagem principalmente na inclusão escolar. Por exemplo, a gente pega o material da escola do Rafa e adapta o assunto. Ao invés de eu plastificar, cortar, imprimir, monto tudo no tablet. Assim, tanto eu quanto a fonoaudióloga trabalhamos juntas.

PROGRESSO E APRENDIZADO

Quando veio o diagnóstico, mexeu com toda a família. Foi muito difícil. Imagine ver seu filho falando, chamando mamãe, papai, e de repente ele perder a fala.Rafa me ensinou a ser uma pessoa melhor, a respeitar o próximo, a ter paciência, a amar de forma incondicional. Podia passar o dia todinho falando e não ia ter palavras para dizer como é tê-lo como filho. É maravilhoso.As dificuldades existem, não é um mundo fantástico, mas a gente tem que ter qualidade de vida, tem que olhar o outro e pensar que é possível. Eu acredito no meu filho. Pode o mundo inteiro achar que ele não vai conseguir, mas eu sempre vou dizer que ele vai.

ACIMA DE TUDO, CRIANÇA

Sempre tratamos o Rafa como criança.

Terapeuta faz terapia, família brinca, tem que oferecer qualidade de vida, sair, se divertir. Temos que separar as duas coisas. Não adianta o terapeuta querer assumir um lado que só a família pode fazer, assim como não adianta a família querer virar terapeuta.


Por exemplo, se Rafa tem dificuldade de interação social, trabalhamos essa parte, com brincadeiras, de forma lúdica e também em grupo. Se ele tem problema motor, vai fazer atividades motoras, com um personal trainer, fazer academia, natação, brincar com skate, fazer esportes. Essa é a nossa realidade.Buscamos sempre desenvolver Rafa. Tanto que as terapias dele [fonoaudiologia, terapia ocupacional] são para suprir a necessidade que o meu filho tem, não só pelo autismo.