GUIADERODAS - Um aplicativo para smartphones com sistemas Android ou iOS mapeia estabelecimentos comerciais com acessibilidade para cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida. O app conta com a colaboração dos próprios usuários para identificar rapidamente se um local pode ou não receber um cadeirante, alguém que tenha quebrado uma perna ou um idoso.
A ideia é que a pessoa observe o ambiente para notar coisas como a existência de uma rampa ou a largura de uma porta, características básicas de um estabelecimento adaptado para esses clientes.
Não é preciso fazer nenhuma avaliação técnica do local, basta responder a um breve questionário, que leva 30 segundos para ser preenchido. As informações são referentes a coisas como a altura das mesas e do balcão, a viabilidade de uma pessoa com algum tipo de deficiência de locomoção se deslocar no ambiente e a existência de um banheiro para cadeirantes.
O idealizador, Bruno Mahfuz, é cadeirante há 15 anos e conta que já enfrentou problemas de acessibilidade que o motivaram a criar o app. "Os próprios locais são responsáveis por informar sobre a acessibilidade dos estabelecimentos, e, como eles são fiscalizados, os donos sempre dizem que estão preparados. Às vezes, o dono pensa que está preparado, mas não está", afirmou Mahfuz, explicando o motivo de deixar a avaliação do ambiente sob a responsabilidade dos usuários do guiaderodas.
Segundo ele, outras iniciativas semelhantes não foram para frente em outros países porque tinham foco nos deficientes físicos. Por isso, esse app tem um público-alvo mais amplo. "Esse não é um produto só para deficientes, é para quem tem alguma dificuldade de locomoção, seja uma mãe com um carrinho de bebê, seja alguém que torceu o pé ou mesmo um idoso", disse Mahfuz. "Por exemplo, em um almoço de família, se a sua avó anda de cadeira de rodas, todos terão que ir a um local acessível."
De acordo com dados do IBGE, 5 milhões de pessoas têm deficiência de mobilidade no Brasil. O número, porém, pode ser maior em razão de limitações de locomoção temporárias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário