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quarta-feira, 16 de março de 2016

Atendimento Educacional Especializado (MEC)

MEC disponibiliza material sobre atendimento de alunos com DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

terça-feira, 15 de março de 2016

MEC divulga definições para deficiências e transtornos de aprendizagem (para rede de ensino)


Glossário – INEP/MEC

ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
Aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. São elas:
Deficiência Auditiva – perda bilateral, parcial ou total, de 41 dB até 70 dB, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1000Hz, 2000Hz e 3000Hz. O aluno que utiliza o Aparelho de Amplificação Sonora Individual – AASI (prótese auditiva) pode, ou não, processar informações lingüísticas pela audição e, conseqüentemente, tornar-se capaz de desenvolver a linguagem oral, mediante atendimento fonoaudiológico e educacional.
Surdez – perda auditiva acima de 71 dB, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1000Hz, 2000Hz e 3000Hz. O aluno com essa surdez, em geral, utiliza a Língua Brasileira de Sinais – Libras.
Deficiência Física – Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral cerebral, nanismos, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzem dificuldades para o desempenho das funções. (Decreto 5296/2004).
Deficiência Mental/Intelectual – Caracteriza-se por limitações significativas, tanto no desenvolvimento intelectual como na conduta adaptativa, na forma expressa em habilidades práticas, sociais e conceituais.
Deficiência Múltipla – Associação, na mesma pessoa, de duas ou mais deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física).
Deficiência Visual – Perda total ou parcial de visão, congênita ou adquirida, variando com o nível ou acuidade visual da seguinte forma:
  • Cegueira – Ausência total de visão até a perda da percepção luminosa.
  • Visão Subnormal ou Baixa Visão – Comprometimento do funcionamento visual de ambos os olhos, mesmo após tratamento ou correção. Possui resíduos visuais que permitem a leitura de textos impressos ampliados ou com o uso de recursos ópticos.
Surdo-cegueira – Deficiência única que apresenta a deficiência auditiva e visual concomitantemente em diferentes graus, necessitando desenvolver formas diferenciadas de comunicação para aprender e interagir com a sociedade.
  
TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO
AUTISMO CLÁSSICO
O autismo é um distúrbio congênito caracterizado por alterações no desenvolvimento infantil que se manifesta nos primeiros meses de vida, caracterizando-se por um comprometimento das relações interpessoais e diversas alterações de linguagem e dos movimentos.

SÍNDROME DE ASPERGER
É uma síndrome que está relacionada com o autismo, diferenciando-se deste por não comportar nenhum comprometimento no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem.

SÍNDROME DE RETT
É uma anomalia de ordem neurológica e de caráter progressivo, que acomete em maior proporção crianças do sexo feminino, sendo hoje comprovada também em crianças do sexo masculinoCompromete o crescimento craniano, acarreta em regressão da fala e das habilidades motoras adquiridas, em particular o movimento ativo da mão, há alterações comportamentais, aparecimento de crises convulsivas em 50 a 70% dos casos, alterações respiratórias e  do sono e constipação intestinal.

PSICOSE INFANTIL
É um transtorno de personalidade dependente do transtorno da organização do eu e da relação da criança com o meio ambiente.

ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
Alunos com altas habilidade/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.


segunda-feira, 14 de março de 2016

ACESSIBILIDADE

GUIADERODAS - Um aplicativo para smartphones com sistemas  Android   ou iOS mapeia estabelecimentos comerciais com acessibilidade para cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida. O app conta com a colaboração dos próprios usuários para identificar rapidamente se um local pode ou não receber um cadeirante, alguém que tenha quebrado uma perna ou um idoso. 

A ideia é que a pessoa observe o ambiente para notar coisas como a existência de uma rampa ou a largura de uma porta, características básicas de um estabelecimento adaptado para esses clientes. 
Não é preciso fazer nenhuma avaliação técnica do local, basta responder a um breve questionário, que leva 30 segundos para ser preenchido. As informações são referentes a coisas como a altura das mesas e do balcão, a viabilidade de uma pessoa com algum tipo de deficiência de locomoção se deslocar no ambiente e a existência de um banheiro para cadeirantes.
O idealizador, Bruno Mahfuz, é cadeirante há 15 anos e conta que já enfrentou problemas de acessibilidade que o motivaram a criar o app. "Os próprios locais são responsáveis por informar sobre a acessibilidade dos estabelecimentos, e, como eles são fiscalizados, os donos sempre dizem que estão preparados. Às vezes, o dono pensa que está preparado, mas não está", afirmou Mahfuz, explicando o motivo de deixar a avaliação do ambiente sob a responsabilidade dos usuários do guiaderodas. 
Segundo ele, outras iniciativas semelhantes não foram para frente em outros países porque tinham foco nos deficientes físicos. Por isso, esse app tem um público-alvo mais amplo. "Esse não é um produto só para deficientes, é para quem tem alguma dificuldade de locomoção, seja uma mãe com um carrinho de bebê, seja alguém que torceu o pé ou mesmo um idoso", disse Mahfuz. "Por exemplo, em um almoço de família, se a sua avó anda de cadeira de rodas, todos terão que ir a um local acessível."
De acordo com dados do IBGE, 5 milhões de pessoas têm deficiência de mobilidade no Brasil. O número, porém, pode ser maior em razão de limitações de locomoção temporárias.



100 livros e teses sobre Autismo

O autismo caracteriza-se pelo desenvolvimento atípico da interação social e da comunicação, bem como pela presença de um repertório restrito e estereotipado de atividades e interesses. Tendo em vista as limitações causadas pelo autismo, é de grande importância que haja um esforço para estimular o desenvolvimento da competência social (habilidade individual de iniciar e manter um bom relacionamento) e a interação das crianças que apresentam o transtorno com as demais. Assim, evidencia-se a importância da proposta de inclusão escolar. 
Para auxiliar pais e educadores com textos sobre o autismo, o Atividades para Professores selecionou 100 livros e teses grátis sobre o Autismo para que possam baixar, estudar, saber mais sobre o assunto. Todo o material está disponível de forma gratuita na internet.

Acesse o link e aproveite esta fonte de informação!
#informação:o caminho certo para a #inclusão!

domingo, 13 de março de 2016

Google para Crianças

#FicaDica  Olhem que legal!!!!!


Google lança seu sistema de busca de sites para crianças: Kiddle

O Google lançou recentemente um novo sistema de busca, que exclui a possibilidade da criança acessar algum conteúdo para adultos. O Kiddle tem as mesmas opções do Google, mas adaptadas para crianças, e vigiadas por um robô!
Isso mesmo, e se a criança for fazer uma pesquisa que pode ter links não apropriados para a sua idade, o Kiddle não apresenta em seu portal estes dados na pesquisa, apresentando apenas o que ela pode ler.

Um exemplo bem legal: "Suponhamos que seus filhos querem saber algo sobre Justin Bieber, mas você não quer que eles descubram alguns dados da biografia do cantor. Por exemplo, que ele já foi pego dirigindo sob o efeito de substâncias ilícitas ou que já publicou fotos de seu bumbum no Instagram. O Kiddle mostra só imagens e textos ’comportados’." (fonte Incrivel.club)

Integração Sensorial para os Pais

Esta semana fui procurada pelos pais de uma criança que, por iniciativa própria, desejaram uma avaliação do pequeno, visando, além da terapia ocupacional "básica" (risos), também a Integração Sensorial.
Reafirmo: não sou especializada e certificada internacionalmente em Integração Sensorial, mas fiz sim diversos cursos de extensão. Expliquei isso a eles e, estando de acordo, avaliei a criança.
Mas a primeira pergunta que fiz aos pais foi: "Vocês sabem o que é integração sensorial?".
Mas não, eles não sabiam, mas viram na internet (Santo GOOGLE), que seria bom para o filho deles.

Eis que surge hoje, em minha timeline, um post de uma Mãe de um menino Autista, explicando muito bem para que os pais e educadores possam entender e reconhecer o que é Integração Sensorial e como esta técnica pode contribuir no processo terapêutico.

#FicaDica Acesse o site Lagarta Vira Pupa - Transtorno no processo Sensorial

sábado, 12 de março de 2016

Terapia Ocupacional e Tecnologia Assistiva

OK!!!
Amo meu trabalho, mas a terapia ocupacional, como já sabem, não é só para crianças ou para autistas!
O que nós visamos sempre é a AUTONOMIA e, para isso, é muito comum utilizarmos um recurso que facilita a realização das tarefas para pessoas com limitações, principalmente, motoras.

Em 2010, o programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou um pouco - bem pouco - o mundo da TECNOLOGIA ASSISTIVA, que na época estava evidenciada pela novela "Viver a Vida".


E na semana passada, de novo no Fantástico, a Tecnologia Assistiva voltou em evidência agora com a tecnologia da Impressora 3D - a ciência eletrônica contribuindo, mais uma vez, com a Terapia Ocupacional.

    



Integração Sensorial e a Terapia Ocupacional

Eu tenho muita dificuldade em falar da Integração Sensorial sem associar a Terapia Ocupacional, em seus objetivos.... mas neste vídeo promovido pelo CREFITO-3 a TO Lígia Maria de Godoy Carvalho conseguiu expor o que é, como surgiu, para que utilizamos desta técnica e o que sentimos quando entramos na vida de uma criança ou de sua família a principio buscando tratamento, mas que doamos e recebemos amor!



sexta-feira, 4 de março de 2016

O maior aprendizado de todos: o que você aprende tentando ensinar

"Se uma criança não pode aprender da maneira que ensinamos, então devemos ensinar da maneira que elas aprendem!" 



(Ignácio Estrada)

Leio esta frase em um dia de boas recordações, dia de olhar para trás e ver que tudo o que fiz valeu a pena e que foi reconhecido, por carinho, admiração e respeito! E lembrar que sim, precisamos entrar no mundo deles, descobrir o que se passa na cabeça deles, o que gostam, como entendem e, então, lá dentro do mundo deles começar a fazer parte, a se fazer notado, para só então mostrar algo novo, algo que faça sentido para você estar alí e, aos poucos, ensinar e trazê-los para este mundo.
É uma tarefa fácil?? Não, não é!!!!!

Lembro de um garoto que subia muitas vezes no escorregador, mas descia pela escada.... não sentava para escorregar.... e com muito tempo descobri que ele queria descer em pé e não sentado.... mas como eu sempre pedia para ele sentar (por segurança), ele desistia..... foi um risco? Foi!!!! Coração na mão!!!! Mas ele vivenciou .... e aprendeu que poderia cair!! (risos)

Mas a maior lembrança, mais saudosa e de que mais tenho orgulho..... meu pequeno príncipe de olhos azuis....gritava, se mordia, e pegava "lixos" e sucatas por toda parte..... não tinha interesse pelo parquinho, mas queria muitas caixas de papelão no tanque de areia..... foram meses repetindo aquele "brincar" sem nenhum sentido para mim, mas que criava êxtase naquele garoto..... até que uma dobradura no papelão possibilitou novas oportunidades.... o papelão passou a ter forma.... uma pá e um baú.... enchia o baú de areia e esvaziava.... Mas o que era aquilo???
Até que um dia, levei peças de lego... a areia foi deixada de lado, dando espaço ao "entulho"..... com movimento mais lento para esvaziar e maior euforia de seu criador.
Um dia de chuva.... não podia ir ao parque.... caixas de brinquedos se tornaram baús... tampas das caixas se tornaram pás.... e surgiu a interpretação!!!!!! TUDO CRIAVA UM CAMINHÃO ESCAVADEIRA E UMA CAÇAMBA DE ENTULHOS!

Comprei um caminhão, uma escavadeira.... os olhos brilharam... 5 segundos!! Não tinha graça!!! O Brincar era Montar!!!! Fazia parte!!!! Comecei então a entrar neste mundo.... fornecer materiais para explorar e criar de novas formas: fita crepe, barbantes, lego, pás, baldes, caminhos de texturas (que se tornaram caminhos por onde o caminhão passaria).... meses e meses criando, brincando, construindo e desmontando! Gritos quando a hora terminava antes do "Grand finale"... mas foi assim, no meio desta brincadeira que ensinei a pedir para ir ao banheiro, para beber agua, e que aprendi que um olhar e um abraço de despedida quer dizer:
"Eu te entendo! Muito obrigado!"

E desta vez foi a minha vez de chorar por acreditar que não era ainda o MEU "GRAND FINALE"...

E não era mesmo!!!! Vou poder estar no seu mundo novamente Meus Olhos Azuis!!!! 

Até breve!


Terapia Ocupacional

TERAPIA OCUPACIONAL!


Antes de me ensinar a escrever...

Dias desses me deparo com esta foto e este texto, no qual identifico tudo o que eu queria dizer aos professores, pais, pedagogos não só de crianças com autismo, mas com qualquer alteração do desenvolvimento, e por que não das proprias crianças que não conseguem escrever, mas ninguém entende ainda o porque....


Antes de me ensinar a escrever...


(Para todos professores e psicopedagogos de crianças com autismo)


Mesmo que eu já esteja em uma idade para ser alfabetizado e que meus pais estejam cobrando isso, é fundamental que eu esteja calmo e atento ao mundo, antes de aprender qualquer coisa. Se eu já consigo fazer isso, e nós já construímos um vínculo afetivo: ótimo! Então, repare primeiro no meu olhar. 
Se eu ainda não consigo dividir minha atenção com você, que tal se a gente começar por aí antes que eu pegue em um lápis? Você pode tentar atrair minha atenção com coisas pelas quais me interesso, pode ser um personagem de desenho que eu gosto, personagem de filme, um livro, músicas, brinquedos, etc. Quando eu já tiver compartilhando minha atenção com você, irei adorar fazer atividades, de acordo com o nível de desenvolvimento em que eu me encontro, com meus personagens preferidos. Pergunta pra minha mãe, se você não souber.
Caso eu ainda não esteja nesse nível, não vamos pular etapas, tá? Porque isso pode me atrapalhar e fazer com que eu crie uma certa aversão ao lápis, e eu não quero isso, quero aprender a escrever como meus coleguinhas. Podemos rasgar papéis, fazer atividades de colagens, com velcro, com tintas, etc. 
Por favor, você pode reparar se na minha sala de aula tem muitos estímulos sensoriais que me atrapalham? Às vezes está muito barulho e eu não consigo dar conta, por isso ponho as mãos nos meus ouvidos e fico no canto da sala. Teve até uma vez em que eu mordi meu colega porque uma criança gritou de repente muito forte do meu lado e eu me assustei, foi tão rápido que eu não consegui processar a informação e reagi dessa forma. 
Se você reparar que não consigo ficar sentado, o que você acha de começarmos a fazer atividades na parede antes de ir pra mesa? Você pode colocar um papel que forre a parede e juntos poderemos nos divertir com uma atividade direcionada em pé usando carvão ou giz, por exemplo, tem tantas coisas que podemos fazer! Acho que seria muito legal e você veria que, com a proposta adequada, eu consigo fazer várias coisas. Ah! Podemos juntos fazer atividades com outros materiais também que sejam legais, antes que eu pegue logo no lápis... poderíamos furar o isopor com palitinhos de picolé, por exemplo, seria super legal e trabalharia a coordenação motora fina também. Daí, quando eu já tiver conseguindo fazer a famosa “pinça”, acho que podemos ir pra próxima etapa: aprender a escrever.
Se por acaso, depois de várias atividades que fizermos juntos você perceber que eu tenho um comprometimento com a coordenação motora fina, o que me impossibilita de fazer a “pinça” e escrever, não vamos desistir, por favor! Quando eu estiver pronto, eu também posso ser alfabetizado através da digitação. Posso aprender as letras, escrever e me comunicar com você utilizando a tecnologia. Ficarei feliz e serei eternamente grato por toda sua dedicação e empenho em me ensinar.

Carol Mota
Pedagoga – DIR/Floortime

[Inspirado no texto “Antes de me ensinar a falar...” de Juliana Maia Lopes]

Terapia Ocupacional e Marcelo Rubens Paiva


"Já fazia sete meses de acidente e essa fisioterapia de Osório não estava ajudando muito. No BBB não podia ir, pois faltava um mês para ficar com o pescoço livre. Precisava fazer alguma coisa com os braços e as mãos. Então, por conta própria, chamamos uma TO (Terapeuta Ocupacional). À noite, chega uma linda loira de olhos azuis. Simpática. Conversamos, ela fez uns exames nos braços e nas mãos.
- Come sozinho?
- Não.
- Como não? Mas já dá pra você comer sozinho. Tirou da bolsa duas tirinhas de couro, colocou na minha mão, pegou um garfo, deu uma entortada e pimba. Não é que dava? Incrível.
- Escova os dentes sozinho?
- Não.
Tirou da bolsa outra tirinha e pimba, também deu.
- Empurra a cadeira de rodas?
- Não.
- Tente.
Tentei. De pouquinho em pouquinho, ela andava. Mas era uma cadeira muito dura, mesmo uma pessoa normal tinha dificuldade em empurrá-la.
- Então arrume outra.
Realmente, eu deveria estar tentando fazer as coisas sozinho, mas é que nessa casa era difícil mesmo. No banheiro, a cadeira não entrava, e geralmente eu rangava deitado. Mas era bom começar a agitar e, segundo ela, dava pra eu fazer muita coisa.
- Até descascar uma laranja, se quiser.
Formidável, contratamos a TO. Na semana seguinte ela veio com um monte de canetas hidrocor e pôs uma papelada na minha frente.
- Escreve.
Mas não dava, meus dedos não tinham firmeza, não conseguia segurar direito a caneta. Tudo bem, ela tirou um elástico da bolsa, colocou entre os meus dedos.
Tenta agora.
Pimba, parecia letra de criança, mas estava escrevendo.
- Você bate à máquina?
- Não.
Tirou outras duras tirinhas. Colocou uma máquina e:

MARCELO RUBENS PAIVA

Que tesão...dava pra escrever! Agora poderia ficar escrevendo poesias, cartas e até um livro. Nossa, por que não descobri as TOs antes?"
(Feliz Ano Velho / Marcelo Rubens Paiva).