Tenho recebido muitos contatos de escolas e conhecidos questionando sobre o autismo.... quais os principais sintomas, quais profissionais procurar e qual o melhor tratamento.
O primeiro passo: identificar que algo está acontecendo com a criança e buscar informações sobre isso. Seja para crianças com autismo ou qualquer outro diagnostico, o quanto antes diagnosticado, melhores serão os resultados das intervenções terapêuticas e pedagógicas, principalmente por se saber o que se está fazendo e para quem está sendo feito de uma dada maneira.
Todas as crianças são únicas, mas crianças com autismo necessitam de intervenções que vão auxiliar e a própria criança, aos pais e aos educadores a terem uma relação harmoniosa e produtiva.
Vou falar um pouquinho das principais duvidas que tenho recebido e como tento orientar os casos, de forma mais generalizada, ok?!
Qual médico procurar?
Bom, acredito que toda criança tenha um pediatra (seria bom ter, não é mesmo?) e este deve ser o primeiro profissional a ser consultado. Infelizmente, não são todos os pediatras que têm este olhar para autismo ou outras alterações do desenvolvimento, que não são visíveis em exames ou ao toque, mas existem ótimos profissionais. Concordo com a fala da maioria: "cada criança tem seu tempo!" OK! Concordo! Mas mesmo assim é importante investigar, acompanhar! Não tendo o encaminhamento do pediatra, o neurologista infantil é indicado para este diagnostico (que espero sinceramente que não feche o diagnostico na primeira consulta de 30 minutos após 3 horas de espera, pois qualquer criança estrá incomodada, irritada, não vai interagir com o estranho)....Por isso papais e mamães: o não diagnóstico na primeira consulta também é cautela, profissionalismo! Mas mesmo sem diagnostico fechado, com certeza este profissional fará encaminhamentos e solicitações de exames, seja para um diagnóstico especifico ou para exclusão de outros possíveis diagnósticos.
Quais são os tratamentos indicados?
Cada caso é um caso!!!! Algumas crianças, talvez, necessitem de tratamento medicamentoso; outras não! Mas geralmente, terapias são indicadas e, não querendo puxar "sardinha pro meu lado" mas já puxando, a terapia ocupacional é muito importante!
Não é comum, mas há casos em que há a intervenção de fisioterapia, principalmente quando a marcha em pé equino (andar nas pontas dos pés) já está prejudicando tendões e musculatura, força e equilíbrio.
A fonoaudiologia irá auxiliar na comunicação (seja verbal ou não), compreensão de comandos, alimentação, linguagem.
A psicologia pode seguir a linha comportamental (tendo a mais conhecida com o método ABA - não exclusiva de psicólogos - por favor, me corrijam se eu estiver enganada), ou de exploração lúdica, como lidar com as emoções.
Terapia Ocupacional, é bem amplo, mas muito importante por também trabalhar a Integração Sensorial (já relatada em outros posts aqui no blog), independência nas atividades cotidianas, aspectos cognitivos, motores e sociais.
Temos ainda a Equoterapia, a Hidroterapia, psicopedagogia.
Vale ressaltar que todos os estímulos são bem vindos, mas é muito importante ficar atento para não ser estressante, cansativo, podendo comprometer todo o desenvolvimento por conta do excesso de estímulos.
Encontrei na internet uma cartilha simples, mas bacana, produzida pelo Ziraldo. Fica dica para familiares e educadores.
Nesta conversa desenhada,
queremos falar com vocês,
professores, pais, mães e
profissionais de saúde, sobre
milhares de crianças que estão
precisando de sua atenção
para começarem a ultrapassar
as barreiras do autismo.
como ajudá-las? e como é, na
realidade, o autismo?
leia nesta cartilha.
Autismo: Uma Realidade (Cartilha Ziraldo)